O Engenheiro Civil e o Meio Ambiente

O Engenheiro Civil e o Meio Ambiente
Imagem: Associação Moda Lisboa.

Em um mundo que tanto cresce, tanto avança, devemos nos preocupar com a situação na qual o Meio Ambiente em que vivemos se encontra. Esse Blog vem no intuito de mostrar as preocupações da relação: Engenharia Civil x Meio Ambiente. Apontar soluções acerca dos conflitos nessa relação, mostrar a importância de um bom gerenciamento ambiental quando se fala sobre construção civil, além de trazer informações, novidades e curiosidades sobre a Engenharia Civil.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Usinas com "garantia sustentável".

Imagem: Projeto da Usina de Jirau.


O impacto ambiental gerado por grandes usinas é indiscutível. Sabemos de todos os pontos negativos para o meio ambiente em obras desse porte. Porém, a idéia de nosso blog é questionar, em busca de respostas, como podemos seguir com desenvolvimento ambiental sem parar o crescimento. E é sobre isso que, depois de ler a Revista Brasileira de Construção, Infraestrutura & Concessões - O EMPREITEIRO - de março de 2011, falaremos nesse texto. As novas usinas quem vêm sendo construídas no Brasil, devido a maior "cobrança sustentável" que vem existindo por parte dos brasileiros (em todos os setores), estão se preocupando cada vez mais em garantir a sustentabilidade em seu projeto, não só na execução da obra, mas em tudo que a envolve.

"Com as questões ambientais colocadas como prioridade, a convicção é de que os novos empreendimentos hidrelétricos contribuirão para o desenvolvimento sustentável da Amazônia."
Aghane Carvalho - Manaus (AM)

As usinas Santo Antônio e de Jirau são exemplos de novas hidrelétricas que vêm se preocupando em integrar um plano de desenvolvimento sustentável nas regiões em que vão gerar impacto ambiental. Sabemos que "não há glória sem dor", que essas hidrelétricas causarão grande mal para a natureza e para a população que vive (e vivia) onde elas estão sendo instaladas, mas o que é de extrema importância é que hoje, diferente de anos atrás, existe uma preocupação com esse mal gerado, uma espécie de "tentativa de compensação", para, pelo menos, aliviar o impacto que será causado. Essas usinas possibilitarão maior acesso a energia elétrica, estão atuando dentro do cronograma e atendendo as providências ambientais, já estão desenvolvendo programas voltados para a proteção do meio ambiente, além dos investimentos em saúde, infraestrutura, educação, entre outros, em suas respectivas regiões. Juntas essas duas hidrelétricas serão capazes de gerar energia para mais de 20 milhões de residências, tudo isso utilizando tecnologia de ponta com melhor eficiência energética, referência para usinas sustentáveis. Todas essas ações vêm nos mostrando que é possível atrelar o Crescimento ao Desenvolvimento Sustentável. Lógico que nem sempre existirá um equilíbrio nessa relação, mas a busca por esse equilíbrio é essencial. A Usina de Belo Monte, por exemplo, já teve várias alterações em seu projeto inicial na busca por um impacto ambiental menor. Seu projeto atual diminui a área inundada em mais da metade (de 1225 km² para 516km²), além de ter incluído novas compensações ambientais e sociais.

"Temos muitos projetos voltados para a geração de renda, dentre os quais a possível instalação de uma fábrica de polpa de frutas como açaí, banana e abacaxi e outras frutas da região."
Antônio Luís Jorge, diretor de meio ambiente e sustentabilidade da Energia Sustentável do Brasil.

É essa a mensagem que deve ficar, que o crescimento não pode parar, mas que é possível crescer buscando o menor impacto ambiental possível.


Kaio Silva da Guarda, estudante de Engenharia Civil da UNIFACS.


Para conferir a matéria NOVAS HIDRELÉTRICAS NA AMAZÔNIA INCORPORAM CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL, da revista O Empreiteiro, é só clicar no link abaixo:

sábado, 21 de maio de 2011

Revitalizando Antigas Construções.


Imagens: Courtesy NL Architects.


Sabemos dos vários conflitos criados entre a construção civil e a preservação do Meio Ambiente tanto em nosso país, quanto no mundo. Essa relação é muito conflituosa, a construção civil avança cada vez mais em direção as áreas verdes, que deveriam ser preservadas. Em Salvador, por exemplo, a invasão da mata atlântica pelas construções de shoppings, condomínios, edifícios comerciais, entre outros, na avenida Luís Vianna Filho (mais conhecida como "Paralela"), é cada vez maior. Isso vem causando grande descontentamento tanto dos defensores da natureza quanto das pessoas que conhecem as leis ambientais. Uma das possíveis soluções para esse problema seria a revitalização de construções antigas. No caso de Salvador, a zona do comércio da cidade tem vários prédios abandonados que poderiam ser reaproveitados e, com isso, além de diminuir o avanço da construção civil em direção a mata atlântica, diminuir a produção de resíduos sólidos gerados pelas construções. Resolvi escrever sobre esse assunto após passar pelo http://blog.construcaoeficiente.com.br/ e ler um ótimo texto sobre essa temática. Abaixo vocês podem conferir parte da matéria:

POR VANESSA MENDES ARGENTA

"Se você é interessado pelo tema da sustentabilidade, com certeza já ouviu falar que a redução de consumo é vital para que possamos continuar habitando nosso planeta. Diminuir o consumo significa principalmente reduzir os resíduos, que são despejados diariamente no mar, em rios, terrenos baldios ou em aterros sanitários.


Mas você sabia que cerca de 65% dos resíduos sólidos produzidos nas cidades são entulhos de construções? Demolições, reformas, ampliações de edificações geram um volume gigantesco de lixo que não é aproveitado e fica depositado muitas vezes em locais irregulares. Cada metro quadrado construído gera cerca de 150 kg de resíduos!

Para diminuir este impacto, uma ideia que vem ganhando força nos últimos anos é a reutilização de edifícios abandonados: ao invés de demolí-los, gerando toneladas de entulho, reaproveita-se as estruturas e infra-estruturas para novos usos. Isso vem ganhando força principalmente na Europa e começa a ser considerada no Brasil."

Confira toda a matéria no link abaixo:



sábado, 6 de novembro de 2010

O Licenciamento Ambiental na Bahia.

Imagem: Revista do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia.


Aproveitando algumas das ultimas postagens que abordaram temas como o Licenciamento Ambiental, construção sustentável e a relação entre o crescimento da construção civil com o meio ambiente (tema do Blog), iremos mostrar para vocês os novos caminhos para o Licenciamento Ambiental no estado da Bahia, via reportagem da revista do CREA-BA, número 33. Como vocês poderão acompanhar no texto abaixo - a reportagem na integra - a Bahia sofre com a carência de profissionais especializados na área ambiental além de ter, por esse e outros motivos, um futuro incerto quanto ao Licenciamento Ambiental, como vocês podem conferir na matéria abaixo.

POR CLEIDE NUNES

"A legislação ambiental brasileira é considerada uma das mais avançadas em todo o mundo. Para muitos, no entanto, é apontada como burocrática e responsável por travar o crescimento da economia, gerando conflitos entre empreendedores e órgãos licenciadores. Executado nos âmbitos federal, estadual ou municipal, o licenciamento ambiental está previsto na Lei Federal de Proteção Ambiental nº 6.938/81 e regulamentado pela resolução Conama nº 237/97. Ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) compete o licenciamento no caso de atividades e obras com significativo impacto ambiental, de esfera nacional ou regional.Na Bahia, o processo inicia-se no Centro de Recursos Ambientais (CRA) ou nos municípios habilitados para realizar o pedido. Em Salvador, não há legislação ambiental específica. A Secretaria de Meio Ambiente assume, por exemplo, o licenciamento dos empreendimentos e atividades com potencial de impacto local, como postos de combustíveis e estações de rádio base (ERBs) de telefonia celular. Apesar de o licenciamento ser instituído nas três esferas de governo, o superintendente do Ibama na Bahia, engenheiro Célio Costa Pinto, lamenta que são os estados que acabam demandando o maior número de processos. “Grande parte dos municípios não tem estrutura nem condições financeiras para atender a essas demandas, que poderiam ser resolvidas caso fosse aprovado o PLP 12/2003 no Senado”. O Projeto de Lei Complementar 12/2003, citado por Célio Pinto, visa regulamentar o Art. 23 da Constituição Federal, definindo as competências em matéria ambiental da União, estados, Distrito Federal e municípios para fins de licenciamento ambiental. Na tentativa de minimizar esse entrave, a Bahia não esperou a decisão do Senado. O Instituto de Meio Ambiente (IMA), através da Resolução 3925/09 do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cepram), criou o Programa Estadual de Gestão Ambiental Compartilhada (GAC). O objetivo é fortalecer o Sistema Estadual (Sisema) e Municipal (Sismuma), orientando os municípios sobre como tratar e estabelecer suas administrações ambientais. A arquiteta Adriana Diniz, coordenadora do GAC, reforça que, para realizar o pedido de licença, os municípios devem atender a alguns pré-requisitos como possuir legislação sobre o meio ambiente, um órgão responsável pela gestão ambiental em sua estrutura administrativa, um conselho municipal de meio ambiente, um fundo municipal de meio ambiente e plano diretor do município, quando obrigatório. “Temos percebido a vontade das prefeituras para uma nova gestão, porém existe a falta de profissionais da área para responder a essa demanda”. Márcia Marinho, professora do Departamento de Engenharia Ambiental da Ufba, reconhece a carência de especialistas, mas acredita que é preciso investir na formação curricular da área. “Enquanto a universidade e os conselhos de fiscalização puderem promover cursos de capacitação, é necessário que os profissionais busquem aperfeiçoamento, a exemplo de cursos de pós-graduação e outras especializações”, finaliza".

Também é interessante ler sobre a matéria de capa, que trata sobre o novo e polêmico Código Florestal que flexibiliza a legislação e preocupa os ambientalistas.

Confira tudo isso na revista através do link abaixo:


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

É possível que exista construção sustentável sem parar o crescimento?

Sempre que discutimos sobre a relação da construção civil com o meio ambiente nos encontramos com o seguinte questionamento: é possível que exista construção sustentável sem parar o crescimento? Infelizmente boa parte das respostas, mesmo sabendo que muitos acreditam nessa possibilidade, são aquelas que não concordam com a construção civil atrelada a sustentabilidade. Segundo o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica, a construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos naturais no planeta, além de ser o terceiro maior responsável pela emissão de gases poluentes à atmosfera. Apenas saber dessas informações deveria ser o bastante para que existisse um planejamento sustentável para qualquer obra a ser realizada, vivemos em nosso país um tempo de muita fragilidade ambiental ligada a um crescimento urbano em grande escala, sendo assim, os Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano de todas as cidades brasileiras deveriam levar muito à sério a defesa pelo nosso meio ambiente ou, pelo menos, se isso não for possível, respeitar o nosso Licenciamento Ambiental que, através da Resolução CONAMA 237/97, diz em seu art. 1.º, I, "procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva e potencialmente poluidoras ou daqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas aplicáveis ao caso”. Ou seja, para que qualquer obra da construção civil possa ser realizada é necessário que exista uma avaliação fiscalizadora dos possíveis impactos ambientais a serem gerados. Porém, todos nós sabemos que no Brasil o respeito ao Lincenciamento Ambiental é coisa rara, temos o exemplo do que acontece em Curitiba – como podemos conferir na postagem anterior – e em outras pouquíssimas cidades brasileiras. A capital paranaense nos prova que é possível a existência de construção sustentável aliada ao crescimento, basta apenas que todos os envolvidos na construção civil, do engenheiro ao responsável por expedir a licença ambiental, respeitem as leis e o meio ambiente, não esquecendo do conceito de Sustentabilidade engloba aspectos ambientais, sociais, econômicos e culturais da sociedade humana, considerando o melhor para as pessoas e para o ambiente, tanto agora como para um futuro indefinido. Ela pode ser vista, ainda, como um desenvolvimento que não compromete a disponibilidade de recursos para as gerações futuras” (Construção Eficiente).


Kaio Silva da Guarda, estudante de Engenharia Civil da UNIFACS.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

NOTA - O planejamento urbano sustentável de Curitiba.

Foto: Nani Góis.


Em 2010 a capital paranaense tem brilhado. Suas ações para guiar o crescimento demográfico através de um planejamento urbano sustentável de qualidade lhe renderam dois importantes prêmios internacionais: o prêmio de Cidade Sustentável Global e o prêmio de Transporte Sustentável. Curitiba vem com isso nos provar que é possível existir desenvolvimento sustentável sem parar o crescimento, basta apenas que haja compromisso, seriedade e honestidade por parte dos administradores públicos. Não é atoa que o júri que concedeu esses prêmios para a cidade destacou o Sistema de Gestão, que coloca o meio ambiente em destaque em todos os setores da administração. O trecho abaixo faz parte da reportagem na qual obtive essas informações sobre Curitiba:

"A expansão do transporte público curitibano foi pensada já na década de 70 com a criação do BRT, corredor exclusivo para o ônibus expresso. Depois vieram os veículos articulados, os biarticulados e as estações tubos, que permitem o pré-pagamento da tarifa e o embarque dos passageiros no mesmo nível dos ônibus. Hoje, segundo dados da prefeitura, Curitiba conta com 1.910 ônibus que transportam todos os dias 2,4 milhões usuários percorrendo 480 mil quilômetros.

Com o objetivo de melhorar a mobilidade na região, o trecho urbano de uma antiga Rodovia Federal (BR-116) que atravessa a cidade foi revitalizado, dando lugar à Linha Verde, via de grande capacidade com cerca de nove quilômetros de extensão – ainda em fase de expansão – que liga o Terminal Pinheirinho à Praça Carlos. Nessa linha estão sendo testados os primeiros ônibus movidos a biocombustível da América Latina. Dos 12 veículos que operam no trecho, seis usam combustível 100% à base de soja (B-100). Essa tecnologia foi implantada em agosto de 2009 e emite 30% menos monóxido de carbono e 25% menos fumaça em comparação com o diesel. O custo, porém, fica 27,2% maior e a diferença tem de ser bancada pelo poder público".


Confira toda reportagem clicando no link abaixo:


http://www.oecocidades.com/

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

NOTA - Parece madeira, mas é plástico.


Fotos: divulgação / Cogumelo; divulgação / Ecowood


"Uma das principais causas do desmatamento desenfreado na Amazônia é o mercado de madeira que aquece não apenas o clima, mas também as principais metrópoles brasileiras. Algumas empresas espalhadas pelo território nacional, no entanto, já descobriram um jeito ecologicamente viável de fabricar um produto semelhante e resistente sem precisar derrubar uma única árvore. É o caso da Cogumelo, que trouxe a tecnologia pronta dos Estados Unidos há cerca de oito anos, país em que a estratégia faz bastante sucesso".

Reportagem encontrada no site OECO, sobre um trabalho desenvolvido pela Cogumelo acerca de uma possível substituição da madeira na construção civil. Esse produto é um forte parceiro na luta contra o desmatamento na Amazônia, porém, ainda encontra um leve empecilho no que se diz respeito ao preço, que ainda não pode fazer frente a madeira.

Confiram toda a matéria no link abaixo:




sábado, 30 de outubro de 2010

O início.

Imagem: Galeria de MSilvaonline.


Em primeiro lugar, queria pedir desculpas pelo longo tempo sem alimentar o NOSSO blog, isso se deu devido alguns problemas que prefiro não comentar. Em segundo lugar, queria falar sobre o título que antecede este texto: "O início", que vem para externar minha opinião sobre os quase 20 milhões de votos obtidos pela candidata à presidência Maria Osmarina Marina Silva de Lima, a Marina Silva. NOSSO blog não irá fazer propaganda política para nenhum partido, mas por se tratar de uma página que propõe debates ligados ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável (entre outros), é impossível, ou pelo menos seria uma falta grave, deixar passar em branco a importante votação recebida por uma das maiores personalidades socioambientais de nosso país. Marina nasceu em 8 de fevereiro de 1958 em uma pequena comunidade chamada Breu Velho, no Seringal Bagaço, no Acre. Em toda sua vida esteve em contato com o meio ambiente, de filha de seringueiros à coordenadora de projetos ambientais, e participou de ações em prol do desenvolvimento sustentável. Seguidora dos ideais de Chico Mendes (ícone da luta ambiental e seu amigo) Marina Silva vem destacando-se no cenário nacional há mais de 20 anos, tanto no que tange ao aspecto ambiental quanto político. Por isso venho aqui hoje declarar que creio que esse seja apenas "O início", tanto de um Brasil mais consciente e preocupado com o nosso meio ambiente, quanto de um país que está descobrindo uma mulher admirável, com plenas condições de governar nossa república em um futuro próximo. Parabéns Marina! Parabéns Brasil! Esse é só "O início", é apenas o primeiro passo.


Kaio Silva da Guarda, estudante de Engenharia Civil da UNIFACS.


Saiba mais sobre Marina Silva, clicando no link abaixo: